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seg, 23, dezembro ,2024
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As queimadas e a seca levam qualidade do ar em São Paulo ao pior nível em uma década

A cidade de São Paulo enfrenta em 2024 a pior qualidade do ar dos últimos dez anos, com a concentração de poluentes inaláveis atingindo níveis alarmantes. De acordo com dados da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), este ano representa 73% dos índices mais elevados de partículas finas na atmosfera.

As partículas finas, invisíveis a olho nu, têm origem em processos do solo e atividades industriais, permanecendo suspensas no ar. Recentemente, a situação foi agravada pela emissão de poluentes provenientes de queimadas, que intensificaram a crise de qualidade do ar.

Créditos: G1 / SUAMY BEYDOUN/AGIF

Os dados, analisados e divulgados pela Folha de S.Paulo, revelam a presença de duas categorias principais de poluentes: os de 10 micrômetros, predominantemente relacionados à poluição do solo e da indústria, e os de 2,5 micrômetros, que decorrem das queimadas e são ainda mais prejudiciais à saúde. Em 2024, ambos os tipos de poluentes apresentam os maiores índices desde que a CETESB começou o monitoramento em 2014, com especial destaque para os poluentes de 2,5 micrômetros.

Essas partículas finas de 10 micrômetros podem causar irritações e complicações respiratórias, enquanto as de 2,5 micrômetros têm o potencial de afetar os pulmões e se disseminar pelo organismo, aumentando o risco de infartos em casos extremos.

Desde o início da série histórica da CETESB, em 1998, os anos com os maiores registros de poluentes de 10 micrômetros foram 2010, 2012 e 2024. Por outro lado, os anos que apresentaram as maiores concentrações de 2,5 micrômetros são mais recentes, incluindo 2018, 2020, 2021 e 2024.

Na capital paulista, a estação da CETESB localizada em Grajaú-Parelheiros registrou os piores índices do ano, seguida pela estação da Marginal Tietê-Remédios. No estado de São Paulo, Ribeirão Preto foi o município que enfrentou os maiores índices de poluentes inaláveis, tanto de 10 quanto de 2,5 micrômetros. Cubatão ficou em segundo lugar para os poluentes de 10 micrômetros, enquanto São José do Rio Preto ocupou a segunda posição para os de 2,5 micrômetros.

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