Bombeiros atuam por mais de 14 horas no combate ao incêndio
Bombeiros do Rio de Janeiro enfrentam mais de 14 horas de combate a incêndio em três pontos da Floresta da Tijuca. O fogo, que teve início na tarde desta terça-feira (1), se aproximou das torres de televisão no alto do Morro do Sumaré, atingiu a Floresta do Parque do Grajaú e alarmou moradores de uma das maiores comunidades da Zona Norte.
Por ser uma área de mata fechada e de difícil acesso, as equipes dos bombeiros encontraram dificuldades para chegar aos focos por terra. Moradores das proximidades relatam o medo ao ver as chamas se espalhando. A assessora de imprensa Fabiana Castro, uma das afetadas, contou sobre o incômodo causado pela fumaça trazida pelo vento: ‘Uma fumaça muito forte, um odor muito presente de queimado. Era possível ver uma neblina branca densa. Em casa, o cheiro ficou insuportável, as roupas estão impregnadas. Tenho sentido dor de cabeça e os olhos ardem’. Ela ainda ressaltou a necessidade de conscientização sobre queimadas e esperança por chuva para conter os focos.
Juan Emanuel, engenheiro de software, também compartilhou o impacto vivido: ‘O fogo começou mais no alto do morro e foi descendo. Dava para ouvir o estalar das chamas. O cheiro de fumaça era tão intenso que tivemos que nos isolar no quarto com o ar-condicionado ligado, mas o cheiro só passou de madrugada’.
A Floresta da Tijuca, que integra o Parque Nacional da Tijuca, é uma importante área de conservação ambiental, lar de mais de 1,6 mil espécies, incluindo 433 ameaçadas de extinção, como o cedro, a copaíba e o pau-ferro, que ainda resistem no local.
Créditos: Agência Brasil