Portugal solicitou nesta segunda-feira (16) o reforço de aviões de combate a incêndios devido à propagação de pelo menos 15 focos de incêndio pelas regiões central e norte do país. Entre os incêndios, um tem causado danos significativos, queimando casas nos arredores da cidade de Albergaria-a-Velha.
Mais de 800 bombeiros estão atuando para conter esse incêndio e outros três no distrito de Aveiro, no noroeste de Portugal. A polícia tomou medidas drásticas, fechando autoestradas, incluindo um trecho da principal rodovia que liga Lisboa ao Porto, e evacuando moradores de vários vilarejos. A área afetada está coberta por uma densa camada de fumaça, resultado dos incêndios que são alimentados por ventos fortes e altas temperaturas. As autoridades enviaram oito aeronaves de combate a incêndios para a região de Aveiro.
Além disso, o governo português requisitou mais aeronaves à Comissão Europeia através do mecanismo de proteção civil da União Europeia, conhecido como RescEU.
O prefeito de Albergaria-a-Velha, Antonio Loureiro, informou à agência de notícias Lusa que o fogo já destruiu duas casas e está se alastrando pelo perímetro industrial e residencial da cidade, que possui cerca de 25.000 habitantes.
No total, 1.500 bombeiros estão mobilizados em todo o país. As temperaturas chegaram a 30 graus Celsius no fim de semana e devem permanecer elevadas durante a segunda e terça-feira. Apesar de Portugal e a Espanha terem registrado menos incêndios do que o habitual após um início de ano chuvoso, ambos os países continuam vulneráveis às condições de calor intenso e seca, fenômenos que os cientistas associam ao aquecimento global.