Desde o início de 2024, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou 760 focos de queimadas no Rio de Janeiro, o maior número de incêndios em um único ano desde 2017. Apenas no mês de setembro foram identificados 55 incêndios florestais. O Corpo de Bombeiros do estado reportou um aumento alarmante no número de queimadas, com 6.178 ocorrências a mais em comparação com o mesmo período do ano passado, o que representa um crescimento de aproximadamente 85%. As cidades mais afetadas incluem Rio de Janeiro, Duque de Caxias e São Gonçalo.
As queimadas têm gerado sérias preocupações sobre a qualidade do ar, impactando diretamente a saúde da população. Imagens de áreas cobertas por fumaça se espalharam rapidamente nas redes sociais, refletindo a gravidade da situação. Especialistas alertam que os ecossistemas se tornam mais vulneráveis a incêndios durante períodos de seca, exacerbados por fenômenos climáticos como El Niño e La Niña, além do aquecimento global. Muitas das queimadas são atribuídas a ações criminosas, e investigações estão em andamento em várias regiões do Brasil.
Em relação à qualidade do ar, 28 das 57 estações monitoradas no Rio de Janeiro registraram condições boas, 26 mostraram qualidade moderada e três apresentaram qualidade ruim. As áreas mais afetadas foram Manguinhos, Resende e Japeri. O Ministério da Saúde recomenda que a população aumente a ingestão de líquidos, permaneça em ambientes com ar-condicionado e evite atividades físicas ao ar livre durante os horários de maior concentração de ozônio. Para reduzir os riscos à saúde, o uso de máscaras é recomendado, especialmente para aqueles que vivem nas proximidades dos focos de queimadas. As autoridades continuam a monitorar a situação e implementar medidas para combater o aumento das queimadas, que não só comprometem a qualidade do ar, mas também colocam em risco a biodiversidade e a saúde pública.
